Meu reino por um cavalo!
Mas que seja marchador.
de cor vermelha encerada,
estrela e os pés calçados.
Um bom laço enrudiado
que o Zé Seleiro trançou.
O arreio, seu fulano,
pode ser basto ou cutiano,
mas tem que ser bem forrado.
Com chinchador e barrigueira,
uma baldrana bem faceira
e um pelego colorado.
Quero um buçal bem trançado
pra deixar o pingo amarrado
enquanto danço uma rancheira.
Rédeas de talas de couro,
o peitoral cor de ouro
e uma bota boiadeira.
Quero uma casa sem entojo,
onde o rio faz um rebojo,
sob uma moita de mato.
No terreiro umas galinhas.
Na janela da cozinha,
encolhidinho, meu gato.
Quero um lugar pra sentar,
quero um lugar pra cuspir,
onde eu possa cachimbar
vendo a fumaça subir.
Me abanco no baldrame
da soleira da cozinha.
No horizonte se avizinha
um cúprico luar...
Um comentário:
Olá, Lázaro.
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Um grande abraço,
Marcelo Novaes.
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