quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Ainda que tardia

Vou abrir as portas pro sol matutino
e pôr um sorriso na face que chora.
Usar seu calor pra fundir meu destino.
Despedir sorrindo de quem vai embora.

Ver cada momento como um amanhecer,
recriar conceitos e ousar na coragem.
Como a primavera, tudo a florescer.
Ter um novo olhar sobre a mesma paisagem.

Cada novo dia será nova imagem:
Uma foto inserida em meu pensamento,
tal qual a partida de longa viagem
a perenizar esse feliz momento.

Não perguntarei de onde vem os ventos
nem onde deixou o pólen das flores,
regarei os campos e terei a seu tempo
uma nova florada e novos odores.

Ao ouvir os galos e ver raios da aurora
não tente barrar a luz da madrugada,
una-se aos rebeldes que é chegada a hora
De ir vida afora em luta cerrada.

Junta-se aos valentes e seja mais um
que busca justiça pela rebeldia.
Aos injustiçados o inimigo é comum
e a revolução já se faz tardia.

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