terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Versos da loucura

Na garupa de meu corpo eu trouxe o mundo montado,
desde o tempo de menino em galope disparado,
o meu braço, teso e fino, arrastando meu passado.
Vou sozinho na comitiva, em cada pouso da vida
eu deixo um dia domado.

Nas estradas que passei teve estouro de boiada.
Muitas vezes eu cantei numa janela estrelada.
Fiz serenata pra lua, beijei sua face prateada.
Para atrapalhar meu sono o sol batia em meu ombro,
com ciúmes da namorada.

Orei pra anjos e santos com fé de um ressuscitado,
entoei rezas e cantos diante de um Deus inventado.
Pedindo perdão ao mundo, por nascer sem ser chamado,
sou um pecador inocente, meu pecado é ser descrente
no criador e seus criados.

Vale muito mais que o mundo algumas coisas que tenho:
meus pensamentos profundos, liberdade e muito empenho.
Sou um livre pensador, minha cabeça é um engenho.
Não aceito religião, ainda busco explicação: Pra onde vou? De onde venho?

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