Eu queria ser como a quarta-feira.
Sabe aquela coisa de ficar bem longe dos extremos?
Eu não seria como a velha e péssima segunda
que traz toda a ressaca do domingo.
E nem eufórico e inconsequente como a sexta-feira.
Eu passaria desapercebido entre a terça e a quinta,
e as usaria como escudo protetor das bebedeiras do sábado.
Mesmo sabendo de antemão que um dia serei quarta-feira de cinzas,
restaria-me então o consolo de que nunca seria carnaval.
CENA BAURUENSE
Há 11 horas
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