Minha alma anseia correr os campos,
levar aos trancos um corpo alquebrado
para campear em longas caminhadas
ou cavalgar, correr os prados.
Qual jovem forte e destemido
ouvir as águas em seu murmurar.
Cruzar os rios empedernidos.
Ouvir cães latindo a me acompanhar.
Lançar canoas nas cachoeiras.
De beira a beira nadar nos rios.
Sentar sozinho à sombra dos matos
ouvir dos pássaros cantos e pios.
Voltar pra casa feliz, cansado.
Ver desmaiado o sol a se pôr.
Ouvir no rádio modas de viola
que me consolam e falam de amor.
Que sonho bom, hoje desvanecido
por mim foi vivido em áureos tempos.
Hoje meu corpo de tudo carece,
já não obedece meus pensamentos.
RELATOS PORTENHOS / LATINOS (137)
Há 21 horas